terça-feira, 18 de maio de 2010

Pedagogia do Oprimido





“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (...) É nesse sentido também que a dialogicidade verdadeira, em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença, sobretudo, no respeito a ela, é a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente éticos. É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade jamais pode ser vista como virtude, mas como ruptura com a decência. O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar."

(Pedagogia da Autonomia, 1996).
(FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.)


Conclusão

Na vida quotidiana, após algumas centenas de anos passados, sentido na alma um preterito, exorcidante de valores de desigualdade, ainda após guerra e das saidas do arianismo, do racismo,despotismo no lar,podemos veicular que ainda vivemos, no halito mental muito equacionado pelo sentido opressor, ou seja o modus operandi do Ser humano continua muito ligado a estes sentimentos nefastos e reparem que para se ser oprimido , basta estar do lado contrario da barricada.
Uma palavra contraria, uma ideia diferente, um sentimento e emoção de ironização, pode concretizar-se numa candeia para a opressão mental.
Todo o elam de desenvolvimento passa pela aceitação , quando entramos em desamor , já estamos a contrair, repulsa , que não é nada mais do que reflexo da nossa vontade conciencial e nunca prematura, pois qualquer que seja o pensamento ele é sempre projetado somente após digerir o clic da mente.
Reitero que as celulas se descontrolam, pelas falhas de atividade sensora positiva, fazendo decair todo processo vivencial de aceitação.
Se não houver renuncia, dificilmente teremos amor, e só por si só , começamos dentro de nós , da nossa alma a destituir tudo que nos rodeia de circunstancia, de verdade e tolerancia pratica. A opressão começa sempre em nós, e cresce pela ambição, pelo ódio, ciume inveja, enfim pela demanda de orgulho! Sim, estas são as causas de se tornar opressor ou ser oprimido.
Diz-me o que quero, mas não afirmes aquilo que não é sabido querer, a culpa , não está no outro , mas sempre dentro de nós mesmos, quando começamos a contrariar o objeto no eu , então passamos a ser violentos , pois estaremos a violentar a nossa forma de ser e a entrar em desconsolo emocional, assim nasce o opressor, não pela demencia, mas pela sua própria rutura moral.
Quem oprime, sabe que também se faz opressor de si mesmo, porque abre as portas às influências que vão dar envolvência ao seu campo vibratorio, seja sou eu e eles.
Só quem ama, não conhece o sabor da opressão, porque só o desamor se torna opressor.

Cravo

4 comentários:

  1. O orgulho, a vaidade, o Ego, a falta de educação, os maus tratos infantis... nossa tudo isso contribui com o desenvolvimento da suposta "superioridade" perante nossos semelhantes. E se a gente ainda parar para analisar que trazemos os erros do passado para corrigir aqui no planeta e muitas vezes do lado de quem chegamos alcançar, então se não tivermos nossas consciências bem alerta e o AMOR como meta e guia, ficará difícil, fazer bem as coisas e deixar tantos anos de erros no passado. Se necessita conscientização e isso começaremos a reconhecer com a elevação moral das criaturas.

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  2. É realmente muito difícil para todos nós, no estágio evolutivo em que nos encontramos, agirmos com total respeito a autonomia e dignidade de cada um, pois ainda trazemos arraigados em nossa alma o orgulho, vaidade, inveja e etc...Mas reconhecermos essa dificuldade, já é um grande passo. Infelizmente ainda são poucos os que detectam em si esses obstáculos e tentam melhorar-se e evoluir, procurando abrir o coração para o amor, que é o único caminho, a única fonte de libertação dos preconceitos. Somente quando o amor se instala em nosso coração é que conseguimos aceitar e respeitar as diferenças.

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  3. Ola Muita paz

    Na verdade nós ainda estamos numa fase de verdadeira infancia, pois ainda colocamos em demasia a emoção à frente da razão.
    O nosso livre-arbitrio, é por deveras influênciavel a tal onto que nos esquecemos em demasia daquio a que nos propusemnos desenhar para a nosa evolução. Entre reajustes e e colimação educativa, muitas vezes , não somos capazes de equacionar o ser do parecer, vivemos num Mundo idealizado pelo oficio materialista e quando damos pelo erro cometido, acabamos por nos desapontar a nós próprios. Ninguém é virgem de erro, o problema é que o recalcamento no mesmo, leva a que a violência interior contra nós mesmos e os outros prolifere como que uma defesa para aquilo que não fomos capazes de resolver! Sim , na realidade todos seguimos numa caminhada para crescimento, porém a passos tenues...mas enfim caminhamos....O horizonte da vida é bem profundo, vivèncias atrás de vivencias para limar arestas , e fazer aumentar os nossos valores...mas ele se torna um desafio em cada passagem que por aqui temos ou noutra esfera....Amar é o ponto ,o alvo a atingir, mas numa verdade real, somente temos que começar por nós , no conhece-te a ti mesmo ..


    Muita paz e harmonia..

    Victor Passos

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  4. Amiga muita paz

    Na realidade , temos uma caminhada enorme pela frente afim de entendermos, o sentido do amor, porém os primeiros passos começam no reconhecimento dos erros e na evolução de não voltarmos a comete-los...

    Muita paz

    Victor Passos

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Ola Amigo ou Amiga

Agradeço seu comentário, lembrando apenas que cada ser tem uma opinião individual, e daí aceitar criticas, mas que sejam dentro dos valores do respeito e da boa fé..
abraço